FAZENDO ARTE

Estudar teatro foi uma experiência incrível para mim. Eu fiz um curso de três anos pela escola  de teatro Macunaíma e , nesse período, eu  contracenei em quatro peças. A primeira foi "O Bem Amado", uma comédia de Dias Gomes, foi  a mais divertida, eu conheci pessoas que eu tenho um grande carinho, que aliás, hoje tivemos um encontro super agradável e foi por conta desse momento que me fez relembrar dos tempos de teatro. É muito bom quando reencontramos pessoas que não vemos há anos e que continuam proporcionando momentos maravilhoso e divertidíssimos!

Minha segunda peça foi "Insaio Encena" que compunha de esquetes com o gênero tragicomédia e que tinha muito mais de comédia do que de tragédia. A terceira peça foi "In Nomine Dei" de José Saramago, essa não tinha nada de comédia, mas foi uma peça incrível e que o público adorou! A última peça, ainda na escola, chamava "Noh", era um teatro japonês e um pouco difícil de entender.

Depois da minha formação e de conquistar o meu DRT, eu fiquei um ano e meio em cartaz com a peça "Vida Dilacerada", lógico que eu tenho um pouco mais de carinho por essa, afinal, foi  um ano e meio, todo o final de semana, apresentando a mesma peça! E mais carinho ainda, pois nessa peça, tinhamos textos nossos também e eu pude expressar na arte, na expressão corporal e na encenação um texto que eu mesma tinha escrito e eu achava isso fantástico!

O melhor de encenar, na minha opinião, é poder estudar e entender aquela personagem e passar isso da forma mais natural possível. Eu me lembro como se fosse hoje o frio na barriga que eu sentia quando via atrás das cortinas o público entrando e esperando o espetáculo começar!

Qual será o figurino? Como será a maquiagem? Por que esse cenário? Qual o significado disso?

Realmente, "fazer arte" é uma sensação maravilhosa e inexplicável e existem algumas perguntas que não tem respostas, é preciso sentir.

"Vida Dilacerada"